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O seguro morreu de velho! Será mesmo?


Normalmente nos preocupamos muito com as perdas financeiras que podem ocorrer e, por precaução, você provavelmente faz seguro do seu carro, da sua casa, mas, por exemplo, faz da sua vida? O que vale mais do que ela?


Como provocou um colega num evento recente, você tem um extintor de incêndios em casa? Seus filhos e familiares sabem operá-lo?


Planeja a troca do carro e do apartamento, mas já planejou o seu momento de parar? E sabendo que, independente da sua vontade, este momento pode chegar amanhã?


Qual o seu plano B? E o plano C? Mas... e se o risco se materializar numa daquelas escalas mais críticas, você deixou um plano de continuidade alinhado com os seus?


Estas são perguntas complexas para as quais não existem respostas simples... Mas o propósito não é ficar buscando explicações, mas sim chamar a atenção para refletir sobre alguns pontos que comumente desconsideramos no nosso dia-a-dia.


Por mais conhecimento e ferramentas que você possua para gestão, operar com risco zero é praticamente impossível, pois significaria um custo infinito para uma organização e/ou indivíduo e, portanto, na maioria absoluta dos casos, não é possível e/ou viável.

Operar com riscos não é ruim e faz parte da rotina de todos, mas o perigo está nos riscos não gerenciados ou naqueles escanteados (um daqueles em que a probabilidade é baixíssima e que nunca ocorreu aqui... mas que ocorre no vizinho), seja por falha nos controles ou por incapacidade da gestão em identifica-los.


Por mais perfeito que um “controle de riscos” possa parecer, é impossível eliminar todas as brechas, portanto estar bem preparado pode significar reduzir, em muito, as perdas e lhe ajudará a estar em condição de reagir mais rápido e adequadamente.


Para alguns riscos você encontrará ferramentas para mitigação, para outros você decidirá transferir (contratando um seguro, por exemplo), mas, para aqueles que restarem no final destas decisões, você terá que gerir, pois estarão lá, você querendo ou não.

Controles são importantes, mas nem tudo que se quer ou se pode controlar necessariamente é uma boa ideia, então, foque naquilo que faz diferença para o seu negócio ou para você, vez que estabelecer controles, gráficos, comparativos, dashboards, entre outras coisas (que se não agregam), só te fará desviar o foco daquilo que realmente importa.


Ficar olhando o passado em gráficos coloridos somente lhe permitirá concluir que houve algo (certo ou errado e com resultado bom ou ruim), mas não permitirá atuar preventivamente, para que não aconteça, sendo que é esta a verdadeira missão de um gestor de riscos (meu caso).


Seja na empresa em que você trabalha ou na sua vida pessoal, olhe para o futuro... mas olhe com uma visão prática e “não romântica” pois assim você conseguirá avaliar melhor seus riscos e definir melhor suas estratégias para chegar onde você deseja.



 

O Autor


Leonardo Cerqueira Souza




Co-fundador e administrador do FÓRUM DE GR

Risk Manager na Ativa Logística.


MBA em Gestão de Riscos Corporativos pela FGV e graduado em Logística, com mais de 15 anos de experiência em Gerenciamento de Risco, Logística, Segurança Empresarial e Processos.

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